20.9 C
Pontevedra
Sábado, 27 de Xullo de 2024
Máis
    HomeComarcasAlén da RaiaMelgaço celebra o entrudo

    Melgaço celebra o entrudo

    No dia 18 de fevereiro, a vila de Melgaço volta a encher-se de tradição, cor e folia para celebrar o ENTRUDO. O cortejo, pelas ruas da vila, e a Queima do Santo Entroido, no Largo Hermenegildo Solheiro, a partir das 16h30, prometem recordar tradições e costumes da região.

    Outrora, na vila C(r)asteja, o Entroido, era assim que os habitantes designavam o seu Carnaval, era uma das festas mais participativas da freguesia. Havia diversão de sábado a terça-feira, com bailes e mascarados dispersos por vários recantos da vila. Não faltava o tradicional cozido à portuguesa e doces típicos. Tiros, bombas e foguetes anunciavam a festa. Nessa altura, os Farrangalheiros saíam à rua, trajados a rigor: as mulheres vestiam o tradicional saiote castrejo tipicamente vermelho bordado e/ou decorado com cores garridas, as blusas e o lenço amarelo. O traje era composto pelo garruço, o objeto mais representativo do Entroido C(r)astejo: chapéus de cartão decorados com fitas e enfeites garridos que congregam uma renda que encobre o rosto dos Farrangalheiros. O ENTRUDO pretende recordar alguns desses momentos, preservando e honrando, desta forma, memórias e saberes de outras gerações.

    Sob o tema “Costumes, tradições e aspetos histórico-culturais associados ao concelho de Melgaço e aos concelhos galegos vizinhos”, todos são convidados a participar no cortejo. E se a dificuldade é criar as indumentárias e os acessórios por falta de sugestões de temáticas, a organização sugere algumas: acontecimentos e povos históricos, lendas e tradições; agricultura, pastorícia, caça & pesca, brandas & inverneiras; emigração, contrabando, e outras relações transfronteiriças; atividades socioeconómicas atuais de relevância para o concelho de Melgaço e concelhos circunvizinhos.

    Toda a comunidade (do concelho de Melgaço e de outros concelhos), os comércios, associações, empresas, comunidades escolares, instituições particulares de solidariedade social e juntas de freguesia são convidados a participar no cortejo que apresenta três categorias: “individual”, “grupo” e “carro alegórico”. Para integrar o cortejo é necessária inscrição prévia:até 10 de fevereiro de 2023, através do preenchimento da ficha de inscrição (disponível aqui), que deverá depois ser enviada para o e-mail pmeleiro@cm-melgaço.pt (Patrícia Meleiro) ou entregue na receção da Casa da Cultura de Melgaço.

    O cortejo finda no Largo Hermenegildo Solheiro com a tradicional Queima do Santo Entroido, o boneco vestido de roupas velhas: o ato representa a expulsão de todos os males e a purificação das mentes, mas dizem os populares que este momento simboliza também o desejo de que o inverno acabe e que a primavera comece.

    Todos os participantes inscritos, independentemente das categorias, terão a possibilidade de participar no lanche convívio que decorrerá após a Queima do Santo Entroido (aproximadamente pelas 19h00).

    As normas de participação do cortejo estão disponíveis no site do Município de Melgaço – www.cm-melgaco.pt.

    LIBROS

    A pegada de «Ronsel»

    A editorial Galaxia vén de recuperar a súa vella colección «Ronsel», concibida nos anos 80 para darlle cabida «a novas voces e a novas temáticas das nosas letras», en palabras da propia editorial. Daquela, foi o espazo no que se deron a coñecer algúns autores que, andado o tempo, acadarían sona no noso sistema literario, como foi o caso de Darío Xohán Cabana ou Miguel Anxo Murado. Nesta nova andaina e, polo de agora, estréase con dúas publicacións, pero anuncian novas sorpresas ao longo de todo este ano.

    Dores Tembrás, «Enxertos»

    A nostalxia é unha materia prima habitual á hora de escribir poesía, mais non fai falla chegar a tanto. Se, a cotío, esa nostalxia leva implícita certa dose de tristura morriñenta para lembrar tempos pretéritos, non sempre ten que ser así, como demostra Dores Tembrás no seu último poemario, «Enxertos». Dores mergúllase na súa propia memoria, na súa infancia na aldea e na mocidade urbanita, para poñer en práctica unha modalidade de nostalxia leda e luminosa, alonxada de tristuras e saudades

    Queridos Reis Magos…

    Nas cartas aos Reis Magos de Oriente nunca debe faltar unha boa dose de literatura, sexa cal sexa a idade do receptor. Neste andel, como facemos sempre, queremos aportar algunhas recomendacións dirixidas aos máis pequenos da casa.