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Luns, 29 de Abril de 2024
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    Município passa a gerir Fortim da Atalaia nos próximos 30 anos

    O Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Rui Teixeira, formalizou, esta terça-feira, um contrato de comodato com a família detentora do Fortim da Atalaia, salvaguardando a gestão por 30 anos daquele monumento classificado como de interesse público. A essência deste acordo assenta na preservação e valorização mais concertada do imóvel, com vista a uma futura candidatura a financiamentos comunitários para a execução das obras de reabilitação necessárias.

    Considerando o reconhecimento nacional do enorme valor patrimonial da Atalaia, Rui Teixeira manifesta-se satisfeito com esta parceria municipal com os privados e os fundamentos para a sua concretização. “O presente contrato concede à Câmara Municipal a oportunidade de desenvolver algumas ações imediatas, como a limpeza de acessos ou a melhoria da sinalética, mas também avançar com o estudo e a elaboração de um projeto a ser submetido a uma possível candidatura comparticipada para uma reabilitação mais abrangente. Cuidar e promover o património histórico concelhio é uma das bandeiras deste executivo”, assegura o Presidente da Câmara Municipal.

    De sublinhar que o Ministério da Cultura emitiu a classificação do Fortim da Atalaia como Monumento de Interesse Público nos finais de 2017, após um processo que já se arrastava há quase 40 anos. Datada dos meados do século XVII e de foro privado, a Atalaia é a mais pequena das fortificações que constituíram o conjunto defensivo de Vila Nova de Cerveira, garantindo a sua participação na defesa do Minho durante as Guerras da Restauração. Por estar localizada num ponto elevado – no Alto do Lourido – a Atalaia tinha como grande missão apoiar o Castelo de Cerveira e o Forte de Lovelhe que, pela localização próxima ao rio, eram mais vulneráveis, assim como a missão de vigilância sobre a fronteira, o rio Minho e a estrada de ligação entre Caminha e Valença.

    Além destas potencialidades, o Fortim da Atalaia é ainda bastante carismático no seio da etnografia minhota por estar intrinsecamente associado à conhecida Lenda da Cova da Moura.

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